6.6.14

Milão (parte II)

Milão é muito mais que o Duomo e a sua praça. É uma cidade cheia de vida, com pessoas nos parques, nas esplanadas, nas ruas...mesmo ao domigo.

E depois tem também os eléctricos fofinhos como em Lisboa (eu sei que já tinha dito isto, mas é que são mesmo parecidos!) 



Mas voltando ao foco aos pontos que visitámos, do Duomo saímos em direcção ao Castelo Sforzesco, outra das atracções turísticas da cidade (se lá quiserem chegar rápido, é favor ignorar as lojas convidativas que vão encontrando no caminho).

Não me alongando na História, Sforzesco foi construído no séc. XV por Francesco Sforza, que se tornou depois Duque de Milão. Ao longo dos séculos sofreu várias alterações e serviu para diferentes funções. Inclusive Napoleão Bonaparte deitou-lhe as mãozinhas e mandou destruí-lo em 1800 para depois o reconstruir à sua maneira.

O castelo alberga hoje vários museus, como o de arte antiga ou a Pinacoteca.




Para lá do Castelo Sforzesco está o Parque Sempione, o maior da cidade. Como em todos os parques urbanos por essa Europa fora, está cheio de gente a apanhar banhos de sol, famílias a fazer pic-nics ou desportistas a praticar a sua corridinha.


No fim do parque está o Arco della Pace (Arco da Paz), que não é mais do que o Arco do Triunfo milanês (sim, também foi Napoleão que o mandou construir numa de "cheguei, vi e venci").


Do parque Sempione fomos em busca da igreja San Maurizio, que o nosso amigo garantiu ser a mais bonita de Milão.

Se por fora não tem nada de especial e não convida a entrar, por dentro é outra conversa. O Carlo não nos tinha mentido e San Maurizio deve ser mesmo uma das igrejas mais bonitas de Milão!



Esta igreja reserva-nos duas surpresas: o espanto quando entramos e damos de caras com os incríveis frescos; e uma segunda sala com pinturas igualmente lindas. Então, não deixem de passar pela porta pequenina que nos leva até aqui:




Antes de se dirigirem a qualquer um destes monumentos, vale a pena verificar os seus horários. Nós tivemos a sorte de lá chegar mesmo antes da igreja fechar.

Não muito longe dali está a Basílica San Ambrogio, outro dos pontos turísticos de Milão.



Nesse fim-de-semana não só esta como outras igrejas estavam apinhadas de famílias nos seus melhores trajes para as cerimónias das primeiras-comunhões, por isso acabámos por não tirar muitas fotografias.

Claro que depois de tanta caminhada ao sol para lá e para cá, bateu aquela fome. Estava na hora de experimentar mais comidinha da boa, num restaurante que mon mari já conhecia e garantia ser muito bom.

Praticamente à porta da estação de metro Porta Venezia lá está ele, o Maruzzella. Sim, esta era a fila de espera quando chegámos e tentámos a nossa sorte, sem marcação.


O dono, um senhor com barriga ar de quem come muito bem, garantiu-nos apenas uns 20 minutos de espera. Duvidámos, mas creio que na verdade foi mesmo isso que esperámos. Ou isso ou ele passou-nos à frente assim que percebeu que estava ali uma grávida faminta!

Fomos atendidos por um dos pizzaiolos do restaurante, com ar de pessoa já vivida. Do alto da sua sabedoria popular herdada, segundo ele, pelo seu avô, olhou para a minha barriga e deu o seu prognóstico "5 mesi. Una ragazza!". E não é que acertou em tudo?! (o senhor era aquele pequenino ali ao fundo que não se vê a cara)


Quanto ao menu: pizza para um, carbonara para outro, panna cotta e tiramisù. Tudo delicioso!



Quaisquer quilos a mais são pura coincidência!

Outra das zonas onde não podíamos deixar de ir, por ser uma das mais agitadas e cool de Milão, é Naviglio. Restaurantes e bares navegam à volta dos dois canais, se não mesmo em barcos dentro deles. Nós fomos durante o dia e mesmo assim não encontrámos ruas mortas ou vazias.


Esta área está cheia de pessoas e lojas alternativas que vendem desde roupa usada a discos de vinil, passando por peças de arte.

Dizem que é também uma das zonas da moda para se morar em Milão.


De Naviglio até às colunas de San Lorenzo - que ficam ao lado da basílica San Lorenzo Maggiore - é só mais um saltinho a pé.


Embora tivessemos também procurado o anfiteatro romano, escondido atrás desta porta feia na Via de Amicis, por ser domingo estava fechado.


Resta-me deixar algumas notas finais sobre Milão:

- A cidade vê-se bem num fim-de-semana (dois dias completos)

- Há vida para além do Duomo e das lojas caras (nestes dois posts muita coisa ainda ficou por dizer sobre Milão)

- Guardem um tempo para uma saída nocturna na zona de Naviglio 

- Comam tudo a que têm direito (risottos, carbonaras, pizzas, gelados...) porque vão lembrar-se desse sabor por muito tempo e ficar a salivar

- Se não conseguirem comer uma verdadeira pizza em forno de lenha é porque são muito nabos a escolher o restaurante ou cairam num daqueles "para turista ver"

- A estação central não é a mais central. A de Cadorna é que é

- E de Cadorna para o aeroporto é meia-hora no Malpensa Express, este comboio directo que custa 12€ por trajecto


- Tal como Lyon ou Paris, em Milão também existem bicicletas públicas, as BikeMi, mas nós preferimos fazer a cidade a pé

- Em 2015 a cidade vai receber a exposição universal Expo Milano 2015. Vai haver muita coisa a acontecer e isso já se começa a notar


Para quem quiser saber mais detalhes sobre a cidade, vale a pena espreitar o blog Milão nas mãos, escrito por uma brasileira que vive em Milão.

Este post da Natália do Destino Provence também me ajudou bastante a montar o roteiro de dois dias.


Claro que esta viagem não teria sido a mesma sem a melhor companhia de sempre: a dele!


4 comentários:

Unknown disse...

ótimo post, ótimas dicas! Passei o endereço do seu blog para minha irmã que vai à Milão no final do ano.

Vera disse...

@Sandra Gustavo: que bom, espero que a sua irmã aproveite bem e apanhe bom tempo!

Carochinha disse...

Ai que bom reviver Milão pelas tuas palavras... :)
Itália é maravilhosa!
O meu testemunho já de 2012 ficou aqui: http://quemquercasarcoacarochinha.blogspot.pt/search?q=mil%C3%A3o

Vera disse...

@Carochinha É mesmo! Já espreitei o teu post para ver como foi a tua experiência por terras italianas ;)