3.6.14

Milão (parte I)

Aterrei em Milão sem grandes expectativas. Já me tinham falado numa cidade sem interesse, um pouco feia até. A verdade é que, para mim, não se revelou nada disso. Milão foi uma agradável surpresa!

Pode não ser uma cidade deslumbrante, com o encanto de muitas capitais europeias (e da própria Roma, que ainda não conheço para poder comparar), mas quando estamos bem acompanhados e rodeados das energias certas, todas as viagens podem ser especiais.

Tivemos a sorte de apanhar um tempo ameno e ensolarado, com um enorme céu azul.




O Hotel

Devido a compromissos profissionais de mon mari, ficámos hospedados num local central, mas fora do centro. Quero dizer com isto que o nosso hotel era à porta da estação de metro Pagano, que fica na linha vermelha (a mais central e que nos leva até ao Duomo).

O hotel escolhido foi o Capitol Milano. Decoração clássica, sossegado, pequeno-almoço caríssimo (vale a pena ir fora) e empregados com simpatia zero. Mas, como não estávamos ali para conversar com os empregados, e felizmente não tivemos que lhes recorrer, esse pormenor passou para segundo plano. 


A grande vantagem era que estava localizado bem perto de uma das melhores zonas de restaurantes e lojas.

E por falar em restaurantes, a nossa experiência em Milão não poderia ter sido melhor, ou não tivéssemos sido bem aconselhados por amigos milaneses!

Eu ia com desejos objectivos gastronómicos muito bem definidos e consegui cumprir todos. E, meus amigos, que refeições!!

Na primeira noite jantámos no Ristorante Novecento. Depois de uma entrada simples e saborosa de bufalla com manjericão e tomate, parti para um risotto de pancetta e qualquer coisa, que estava M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Claro que depois disto tudo, e por mais apetitoso que fosse o ar das sobremesas, não consegui comer nem mais uma migalha.

Mas nem só de risottos vive o Novecento e as pizzas em forno de lenha também estavam com uma cara óptima.

Os pizzaiolos do Novecento em acção

Nota final para a simpatia dos empregados que, com um restaurante cheio, foram sempre atenciosos e tentaram falar o melhor inglês que sabiam. 


Duomo

Claro que ir a Milão e não ir ver a sua atracção central é como "ir a Roma e não ver o papa"! Assim, foi com o céu super azul que chegámos ao Duomo.


Esta incrível catedral impressiona pela sua arquitectura exterior, que está ao nível de uma Sagrada Família. Começou a ser construída em 1386 e para fazer chegar o mármore necessário à sua construção foram feitos na cidade vários canais de água artificiais, dos quais hoje só restam dois (zona de Naviglio).


Claro que com o dia lindo que estava, não pudemos deixar de subir ao topo e apreciar cada detalhe dos seus pináculos (a subida por elevador custa 12€. A entrada na Catedral é gratuita).






Uma vez no Duomo, vale a pena apreciar a enorme movimentação da praça: entre turistas, artistas de rua, vendedores e carteiristas, é preciso estar de olhos bem abertos ao que se passa à nossa volta.



Logo à direita do Duomo estão as não menos famosas galerias Vittorio Emanuele, com várias lojas de marcas (caras). 


Este é um dos shoppings mais antigos do mundo, mas na verdade não tive vontade de comprar ali nada. Passámos por lá "só para ver as vistas" e para nos rirmos com a tal tradição que diz que pisar "as bolas" do touro e rodar três vezes sobre si mesmo dá sorte. Ridículo!


Mesmo à saída das galerias é possível ver a estátua deste senhor que talvez conheçam de nome!


Bom, mas sendo horas de almoço, a nossa barriga já começava era a apontar para o próximo destino: o muitíssimo recomendado Luini.


Ora o Luini é um espaço mínimo que vende uma espécie de cruzamento entre pastel e calzone, recheado com diferentes coisas (queijo e tomate é o original). E sim, o Luini tem uma fila que vai até à esquina, mas não se deixem amedrontar porque aquilo até anda rápido.


Sinceramente não achei assim nada do outro mundo para tanta fama. Os meus olhos ficaram mais colados à montra da famosa gelataria nessa mesma esquina e nas fatias de pizza gigantes do vizinho Spontini (também recomendado pelo nosso amigo e praticamente sem fila)


Tanto o Luini como o Spontini funcionam no sistema "pegar&levar" e comer na rua.

Este almoço não podia terminar sem a sobremesa perfeita...


Nota mental: como foi possível eu só ter comigo gelado uma vez em Itália?!! Preciso lá voltar urgentemente!

(E sim, aquilo ali atrás é um eléctrico como os nossos de Lisboa. Acho que foi isso que também me fez cair de amores pela cidade).

Na segunda parte deste post vai haver mais gastronomia, igrejas e jardins.

2 comentários:

Insolente disse...

Que fome :)

Unknown disse...

A D O R E I !!! Que passeio legal! Adoro vir ao seu blog e visitar as cidades com vocês, nossos planos estão bem desenhados para que no futuro bem próximo possamos fazer o mesmo! Abraços