30.3.14

Portuguese (cleaning) power

Na associação onde faço voluntariado todos fazemos um pouco de tudo, inclusive limpezas. Não é raro apanharem-me a limpar as mesas depois de almoço. 
Esta semana fui criticada por um pecado que eu não estava a perceber: 

"Quando tu limpas cheira muito a detergente, duas borrifadelas de spray chegam para as seis mesas, não precisas usar mais!"

Pardon? Oh filhos, vocês não conhecem o poder de limpeza dos portugueses! Cheirar a limpo é bom, sim?!

23.3.14

Por terras de Vera Cruz

A primeira vez que fomos ao Brasil, já lá vão 11 anos, foi com amigos...e foi muito bom. Agora voltámos a um país onde já fomos muito felizes e a história repetiu-se. 

Da primeira vez fomos para o nordeste, desta vez foi Rio, Uberlândia (!) e São Paulo.

Foi de uma conversa entre amigos que surgiu a ideia e daí até aterrarmos no Rio de Janeiro foi um saltinho - ou melhor, depois de muitos telefonemas e muita logística organizada pela Mi Matias!

Afinal, foram sete vôos em oito dias, um restaurante diferente a cada refeição, três cidades e muitos passeios.

Ir para o outro lado do atlântico é sair de um conceito europeu de viagens, onde as cidades são muitos parecidas e organizadinhas.

Chegar ao Rio é ser impactado com uma cidade abraçada pela natureza. É aí que o Rio nos conquista: os seus morros, a lagoa, as praias, a vegetação nas ruas, as águas de côco fresquinhas, o jeito tranquilo de levar a vida.

Fomos, claro, numa época atípica, com muita gente na rua, muitos turistas (muito lixo também devido a uma greve), mas o Rio é sinónimo de alegria - pelo menos para nós foi - ou não estivéssemos em pleno Carnaval!

Ficámos mesmo em frente à praia de Copacabana (ver fotos abaixo) e fomos muito bem recebidos pela Dona Marise, mãe do Leo, que não se importou de ter cinco hóspedes a transformar a sua casa num acampamento! 

Na padaria da esquina não pudemos deixar de encontrar o dono, português, fazendo jus ao estereótipo do português padeiro no Brasil (qual a hipótese dele ter um filho a morar em Lyon? Pois claro, este mundo é um T0!!).

Acho que nesta viagem, sinceramente, as imagens valem mais que as palavras.


Copacabana

A vista da casa da Dona Marise!


Pão de Açúcar

A entrada
A subida
A vista
A vista
A vista


Carnaval
Assistir ao desfile das escolas de samba na Sapucaí é uma experiência única na vida. Tivemos o privilégio de poder ir para um dos camarotes e fomos tratados como reis (obrigada a todos os que tornaram o sonho possível!).
Ainda fico arrepiada só de me lembrar do tamanho dos carros, da qualidade dos fatos, das cores e do som da bateria a passar!





O que deu para captar da Sabrina Sato 




Momento "Posso tirar uma foto consigo?" Juliana Paes


Cristo Redentor (mais turístico impossível!)

A vista lá de cima é incrível, mas mesmo às 8h não foi fácil escapar aos magotes de turistas.
Sabiam que o Cristo Redentor na verdade só tem mais 2 metros que o Cristo Rei em Lisboa?! 









Por Santa Teresa e arredores




♥ A turma companheira de viagem ♥













Uberlândia
Depois do Rio veio Uberlândia. Mas onde é que isso fica? No estado de Minas Gerais. 

Com cerca de 700 mil habitantes, Uberlândia é o segundo município com maior população do estado, a seguir à capital, Belo Horizonte.
Uberlândia é também a cidade dos nossos amigos Mi e Leo, onde ainda está uma parte da sua família e amigos.

Fomos recebidos de braços abertos pelo Seu Celso, pai do Leo e pela sua mulher, Lindalva. Estar em casa deles foi como estar na casa dos nossos tios ou avós no alentejo. A tranquilidade, as comidas, a simpatia e calor humano fizeram-nos sentir em casa.




Por Uberlândia não encontrámos turistas, só boa comida (acho que pode ser mesmo usado o termo overdose de comida!), pessoas simpáticas e o maior clube da América Latina, o Praia Clube.





São Paulo
A nossa viagem terminou em São Paulo, na gigantesca São Paulo. Se existe uma imagem de selva urbana, para mim será São Paulo. Muita gente, muitos prédios, muito trânsito, os moto boys, o calor tropical, a poluição...senti-me um pouco como em Nova Iorque, mas de forma mais desorganizada.





Este post já vai muito longo e com muitas fotos, mas foi a melhor forma que encontrei para descrever mais uma daquelas viagens que nos vai ficar guardadas na memória. Para ser melhor, só voltando!

13.3.14

De braços abertos

Ir ao Brasil é voltar de alma cheia: pessoas calorosas, boa comida, fruta sem igual, alegria de viver, mesmo que, por vezes, seja com pouco. No Brasil vive-se com uma (des)organização só deles. Vive-se bem, vive-se mal, os preços são ridiculamente caros para a realidade brasileira. Mas a vida não para e dá-se sempre um jeito.

Mas depois, depois há o choque de voltar. Os franceses são frios, contidos, certinhos, cheios de regras (demasiadas). Tudo funciona, tudo está no lugar, as cidades estão limpas e organizadas, há segurança. Mas falta aqui qualquer coisa. Falta um sorriso aberto, uma porta aberta, uns braços abertos, uma mesa partilhada. Falta uma música a tocar ao virar da esquina.

Chegar ao Brasil (e a Portugal) é sentir na pele a música da TAP cantada pela Mariza que diz: “Sabes que vou chegar de braços abertos”. 

Chegar a França é chocar de frente com olhares pudicos, braços cruzados e muros sentimentais.



3.3.14

"É samba no pé e alegria no rosto"

"Na tela da TV, no meio desse povo, a gente vai se ver na Globo"...ou não. Depois de tantos anos a ouvir isto na televisão e a sonhar um dia estar lá, este ano é ao vivo!

Até já Sabrina "Bunda Dura" Sato!

Foto Globo.com

Foto localnomad.com