29.3.13

Antigo x Moderno

A cantora francesa mais famosa de sempre é, sem dúvida, Edith Piaf. A música "Dans ma rue" não é, talvez, uma das suas mais conhecidas, mas é a que mais reflecte a sua dura história de vida.
A contrastar com a versão de Piaf, há uma outra de uma cantora da nova geração bastante ouvida aqui e pelas quais je suis tombée amoureuse, a ZAZ.

Deixo as duas versões, que reflectem bem o estilo de cada uma. Qual a vossa preferida?




Esforço compensado

Hoje recebi o meu primeiro 19 de todo o sempre. Uma nota que reflecte todo o esforço que dediquei a uma das minhas cadeiras preferidas, senão mesmo a preferida: escrita criativa. 
Naquela sala sinto que estou onde devia estar. Tenho amor pelas palavras.

26.3.13

Sabe bem...

...ajudar colegas de outras culturas a integrar-se nos hábitos ocidentais, sob diferentes perspectivas. E hoje foi tão bom ver a felicidade da minha pequena chinesinha a pedalar ao meu lado como se fosse a primeira vez que andasse de bicicleta!

24.3.13

#projectosaúde

Desde que chegámos a França, a nossa actividade física tem sido limitada, para não dizer quase nula. Salvam-se os quilómetros que faço a pé, ou as idas e vindas de bicicleta. Ah, e umas corridas/caminhadas no parque.
Claro que as temperaturas abaixo dos 5ºC também tiram qualquer vontade de fazer uma actividade física, sobretudo ao ar livre, e nem a inspiração francesa ajudou. (Sim, os franceses praticam imenso exercício, faça chuva (neve) ou faça sol. Talvez por isso se vejam poucos gordos por aqui).

Há cerca de 5 meses que andamos a dizer que temos que nos inscrever no ginásio, mas é aquela velha questão "no mês que vem é que é!".
Um dos (fortes) motivos para este constante adiamento foi, também, o facto da inscrição no ginásio que mais gostámos ser um bocado (muito) cara. 

Mas eis que esta semana recebo um e-mail com uma promo para o mês de Março. Então, achei que não tínhamos mais desculpas e que agora é que era. 
Hoje fomos lá inscrever-nos. Depois conto as cenas do próximo capítulo.


18.3.13

13 anos depois

Há 13 anos começou a nossa história. Voltaria a escrevê-la toda de novo, igual, feliz. Se há 13 anos nos dissessem que hoje estaríamos onde estamos, nunca teríamos acreditado.
Isto tem que ser "até ao infinito e mais além"!

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12.3.13

Coisas que só me acontecem a mim (ou não)

Hoje veio um senhor limpar as condutas colectivas de ar cá em casa. Até aqui tudo bem. Só que apareceu num timing péssimo, mesmo quando eu estava a sair para as aulas. Se o deixasse fazer o serviço (ai que isto soa tão mal) iria chegar atrasada, então lancei-me no melhor francês que sabia, pronta para o impedir de entrar e pedir para que viesse mais tarde. O problema não foi o meu francês, o problema é que o Sr. era surdo-mudo! 

11.3.13

E uma aguinha, não?

Se há coisa à qual não me hei-de habituar aqui é à falta de higiene dos franceses. Para cada lado que me viro há uma pessoa a cheirar a suor. Nunca ouviram falar em banhos?! 
E aquele conceito dos "porcos, feios e maus" comigo não pega, gosto de pessoas limpinhas e cheirosas.

10.3.13

Bruxelas, Bruges e Gent

Sem contar com a vinda para Lyon que foi A viagem, já fazia quase um ano que não saíamos pelo mundo para conhecer um novo destino (o último tinha sido Madrid). Confesso que a Bélgica não era um daqueles países que estivesse na minha rota, pelo menos por enquanto, mas quando as coisas se conjugam a favor, então há que desfrutar.

Aproveitando uma viagem de trabalho de mon mari, aterrámos na terra dos gaufres, batatas fritas e chocolate (e ai se estes três items foram uma fonte de pecado nesta viagem!). Mas vamos começar pelo princípio.



É fácil ir do aeroporto para o centro da cidade de transportes públicos. Há um comboio que parte a cada 15 min. e pára nas três estações de Bruxelas: a Gare du Midi, a Gare Central e a Gare du Nord. Saímos na central e daí até ao hotel escolhido não chegou a 1 km a pé, mas que na verdade me pareceu bem menos, mesmo com a árdua tarefa de puxar uma mala na calçada antiga de Bruxelas (juro que não sei como não perdemos uma roda pelo caminho!). 

Quanto ao alojamento, escolha recaiu sobre o Boutique Hotel Saint-Géry, por ser giro e central (mesmo em frente ao mercado de Saint-Géry). O que não percebemos antecipadamente é que essa é também uma movimentada zona de bares, o que faz com que à noite o silêncio não seja o que mais se ouve por ali. Mas nada que um corpo cansado pelas caminhadas diárias não esqueça ao fim de 5 minutos!


Boutique Hotel Saint-Géry





O primeiro dia foi dedicado a Bruxelas, e há tanto para ver! Nós apanhámos a simpática temperatura de 2ºC durante toda a nossa estada, o que tornou a tarefa de andar na rua um pouco penosa (leggings debaixo das calças, gorro, luvas, casaco de penas e mesmo assim...). O sol, esse só apareceu por uns 10 minutos mesmo no último dia. Então, acho que gostei um bocadinho menos da Bélgica por isso, já que sem sol tudo parece mais sombrio, cinzentão.

Não me querendo alongar no texto, acho que o melhor é assinalar o que, para mim, foram os pontos altos e baixos de Bruxelas. Normalmente começa-se pelo melhor, mas como os pontos baixos não são assim tantos, vou começar ao contrário.



O que menos gostei:
- O Manneken Pis e a sua irmã Jeanneke Pis. Ambos estátuas de bronze com pouco mais de 50 cm, a fazer xixi. Isto dito assim é muito redutor, claro, mas de facto não têm muita graça. Há toda uma história à volta de ambos, mas basta uma pesquisa no google para se ficar a saber um pouco mais sobre estes dois. Resta dizer que o "Maneco Mijão" tem um guarda-roupa próprio e que se veste a rigor quando acontece algo de importante para o país. Segundo os guias, pode mesmo acontecer substituírem a água da fonte por cerveja, em raras ocasiões. 





- Os bêbedos e malucos. Bruxelas está cheia deles. Mas também, sendo a capital da cerveja, do que é que estavam à espera?!

- A sujidade. OK, não é assim taaaanta, mas a cidade é um nadinha suja (embora eu não ache que cheire a xixi como li em alguns blogs).

E pronto, assim de repente isto foi o de menos.



O que mais gostei:
- Arquitectura bem preservada. Palácios e igrejas de tirar a respiração, prédios com traça antiquíssima e de influência holandesa, arquitectura moderna.







































- A Grand Place, magnífica!














- As Bds, que estão espalhadas por toda a cidade (não tive tempo para fazer todo o circuito de BD, mas vale bem a pena)







































- As batatas fritas (vrai frites!), os gaufres...huuum, os gaufres, o chocolate e, como não podia deixar de ser, as mules frites (mexilhão + molhanga + batatas fritas). Assim que se sai da estação de comboios começa logo a cheirar a gaufres e o cheiro persegue-nos por cada esquina da cidade.




























- Bons restaurantes e para todos os gostos (bristôs típicos, comida chinesa, japonesa ou vietnamita, italianos, fast food...)



















- Imensos museus (só conseguimos ver o dos judeus e não valeu a pena)

-  No global gostei da cidade




E ainda da viagem à Bélgica:

- Apaixonei-me por Bruges, que deve ser lindo na primavera. Ali senti-me transportada no tempo.
































- Também gostei bastante de Gent, uma cidade muito mais jovem e dinâmica, ou não fosse um pólo universitário, mas igualmente encantadora.






































É muito fácil ir de Bruxelas para estas duas cidades. A viagem faz-se em cerca de 1h (sensivelmente 13€) e o comboio é bastante confortável.

No pouco tempo que tivemos não conseguimos ir ao Quartier Europeu e gostaria de ter tido tempo para ter visto os museus e igrejas com um pouco mais de atenção, mas isso deixa a vontade de lá querer voltar outra vez para terminar o tour.

E depois há este momento na viagem de comboio Bruxelas-Bruges em que pensamos "estamos a ser alvo de uma qualquer acção de guerrilha, só pode" ou ainda "isto só me acontece a mim e-agora-não-consigo-fazer-a-viagem-descansada-sem-estar-à-espera-do-que-vai-acontecer-a-seguir".




Para quem tiver curiosidade de saber um pouco mais, vale a pena espreitar o que o blog 13 anos depois escreveu sobre Bruxelas.

7.3.13

Multiculturalismos de mim

O meu colega Argelino diz que eu pareço árabe. Hoje um homem grita-me na rua para ir para o meu país, a China. Creio que encerro em mim uma certa multiculturalidade...