20.7.13

Musilac, Aix-les-Bains, Chambéry e várias outras coisas - PARTE 1

O nosso caminho pela descoberta de França já conta com alguns Kms e ainda agora começou.

No fim-de-semana passado, o pretexto para nos fazermos novamente à estrada foi o Musilac, festival de música em Aix-les-Bains que já vai na sua 11ª edição. Quer dizer, o pretexto real foram os 30 Seconds to Mars. 
- "Quem?" É a pergunta que mais ouvimos. São aqueles bonitinhos cujo vocalista é actor e que tocam um rock para adolescentes - mais ainda assim gostamos de os ouvir.

Como bons festivaleiros que somos (excepto na parte do acampar e beber litros de cerveja) saímos de casa com o objectivo de ver a banda de Jared Leto, o que nos levou a procurar um local nas redondezas do festival para pernoitar e, com tudo esgotado (ou a preços impraticáveis) em Aix-les-Bains, a escolha recaiu sobre Chambéry, que fica a apenas 10 kms.

O Musilac
Partimos sem saber o que esperar, como seria o recinto, as condições e infraestruturas, as filas para entrar, a oferta de restauração e o público francês. E a boa organização começou a notar-se alguns Kms antes. 
Deixámos o carro à entrada de Aix e apanhámos um dos autocarros gratuitos que faziam o percurso até ao recinto do festival.
Quando chegámos demos com um espaço enquadrado entre o lago e a montanha (quase a lembrar o nosso adorado Marés Vivas com vista para o Douro).



O espaço era grande para as cerca de 20.000 pessoas que lá estiveram naquele primeiro dia. Comparando por alto com os festivais portugueses, houve mais espaço, mais oferta de comida e muito menos filas em tudo.

À semelhança dos nossos festivais também havia dois palcos, só que aqui eram lado a lado. Como funciona então a organização? As bandas começam a tocar à hora marcada e, no palco ao lado, prepara-se o material para o próximo concerto. Quando um termina, entre 10 a 15 minutos depois começa o concerto do palco ao lado. Desta forma o público não tem que ficar uma eternidade à espera da banda seguinte. 

Apesar de achar que estar a assistir à montagem de um palco enquanto os outros tocam ao lado distrai um pouco do essencial - a banda que está em palco - no final das contas é uma forma muito mais organizada de fazer as coisas - bem francesa!

Foto do facebook da organização do Musilac


Os 30 Seconds estiveram espectaculares nessa noite e fizeram tudo para animar um público morninho. Houve bolas, papelinhos, bandeira de França, palavras em francês, a habitual mentira do "está a ser a melhor noite da nossa vida" e ainda assim foi difícil ver uma plateia eufórica. Aliás, sentimo-nos umas aves raras quando cantávamos as músicas e mais ninguém à volta sabia a letra.



Em termos de dresscode, cerveja e personagens estranhos, se não fosse o sotaque francês poderíamos pensar que estávamos num qualquer festival português, mas a frieza deste público é o que mais contrasta com as nossas multidões. O calor do público português é algo que, de facto, não se encontra em mais lado nenhum e talvez seja por isso que as bandas gostam tanto de voltar a Portugal. (Sei que estou a ser imparcial, mas é a minha perspectiva enquanto espectadora)

No final do dia da noite demos uma chance ao Musilac que, sendo a apenas uma hora de Lyon, será adoptado como o nosso festival francês - assim o próximo ano tenha bandas à altura!

1 comentário:

PM_80 disse...

Ooooh oooohhh ahah ahah ahah oooooouoooo Ooooh Ooooh