17.11.14

Dia do prematuro

Hoje é dia do bebé prematuro. 

Quando há 3 meses percebi que a Eva ia nascer com pouco mais de 7 meses, pensei que iria dar à luz um ser pequenino, daqueles que nos fazem impressão só de olhar. Mas não foi assim. Desde logo ela foi brava: ao fim de umas horas já respirava sem ajuda e ao fim de alguns dias já não precisava de incubadora. Afinal, embora pesasse menos de 2 kg, não era assim tão pequena e aqueles olhinhos pretos que me fitaram à nascença mostravam muita curiosidade pelo mundo.

Não vou dizer que é fácil vir para casa sem o nosso filho. Ver o nosso bebé cheio de tubos e todo negro de tanto ser picado. Não é fácil não poder abraçá-lo, sentir o seu calor e o seu cheirinho, mas nunca, em momento algum, me passou pela cabeça que alguma coisa ia correr mal, que ela não iria sobreviver. Talvez todo esse positivismo nos tenha feito aguentar as suas 4 semanas de internamento com uma força que não sabíamos ter e sempre com um sorriso na cara porque, felizmente, a cada visita só a víamos melhorar e crescer. A Eva foi valente. Hoje está forte, esperta, cheia de vida e consegue derreter-nos a cada sorriso.

Porque é dia do prematuro, desejo que cada vez mais histórias possam ter um final feliz e que cada vez mais pais possam viver sem esse medo de perder os seus filhos nos primeiros dias de vida.


2 comentários:

Sofia disse...

Corajosos!

Carochinha disse...

Por tudo isso, e mais um milhão de razões, pensemos no quão importante é defendermos o nosso sistema nacional de saúde.
(embora a Evinha não tenha nascido na santa terrinha, por cá há uma média de 8 prematuros em cada 100 nascimentos)