24.2.14

A norte de Lyon

Há vários dias que a meteorologia prometia um domingo ensolarado e nós começámos logo a fazer planos para o aproveitar. Planos...na verdade eu tenho intenções, mas acabo sempre por ver tudo na véspera (shame on me!).

Num dia que mais parecia de Primavera, com sol e céu azul, apesar dos loucos 15ºC, saímos então em direcção a Trévoux, a norte de Lyon.


Trévoux 

Trévoux é uma pequena vila nas margens do Saône que, entre outras curiosidades, ficou conhecida pelo seu "Dictionnaire de Trévoux", um dicionário universal de francês e latim editado no século XVIII.


No topo de Trévoux está um château construído no século XIV que tem como curiosidade a sua forma octogonal. Como acontece com quase tudo em França aos domingos, estava fechado, por isso não o pudemos visitar.





Daqui seguimos para Anse com o objectivo de ver a Chapelle St. Cyprien, uma das igrejas mais antigas de toda a França. 
A vila não é propriamente das mais bonitas que já visitei por aqui, mas a paragem valeu a pena pelo edifício da Mairie, que mais parece saído de uma pintura!


Ah, e acabámos por não conseguir achar a tal capela! 

Então continuámos o nosso caminho em direcção a Oingt, classificada como uma das Plus Beaux Villages de França.


Oingt

Entrar em Oingt é entrar numa das vilas que pertence ao Pays des Pierres Dorées. Mas o que raio vem a ser isto? Na verdade são várias vilas situadas na rota do vinho Beaujolais, construídas em pedra ocre amarela, que reflectem o sol formando uma cor super característica. O seu ambiente quente já lhes valeu mesmo a alcunha de "La petite Toscane Beaujolaise".




Convém dizer que quem é fã de vinho está no local ideal. É que a apenas 25 kms de Lyon, Oingt fica em plena rota do vinho Beaujolais e é possível parar em qualquer estradinha ou esquina para uma degustação.



Theizé

Mesmo ao lado de Oingt fica Theizé. Construída também em pedra dourada, dizem que é povoada há séculos, havendo mesmo provas de presença neolítica! 


Relata a história que o château Rochebonne, situado no cimo da vila, foi destruído na guerra dos cem anos para não acabar nas mãos dos ingleses.


Dizem que vale a pena ir a Theizé ao domingo de manhã, já que fica mais animada com o seu mercado semanal.


Bagnols

Para o fim do passeio ficou Bagnols, já no caminho para casa. Mais uma vila (acho que direi vilarejo porque é mesmo muito pequenina) construída na típica pedra dourada.


Das suas poucas atracções consta a igreja do século XV e o château construído no século XIII, que foi recentemente recuperado e transformado em hotel de luxo por um casal de ingleses. Dizem que por ali já passaram Bruce Willis, The Cure, Tom Cruise e Nicole Kidman!


E pensar que tudo isto pode ser visto num raio de 30 kms de Lyon! 

Às vezes basta mesmo uma boa pesquisa, uns raios de sol e vontade de sair por aí!

20.2.14

A stop-motion in LYON / LYON, à pied



Vi hoje este vídeo de Lyon e não podia deixar de partilhar um bocadinho desta minha fantástica cidade!

Portugal à distância

Quando se lê sobre Portugal fica-se triste. As notícias são sempre depressivas, pessimistas. Quando se lê sobre Portugal, estando fora do país, dá medo de voltar. Parece que vão ter que baixar mais os salários (pardon?!) isto quando ainda há emprego, porque parece que também já não há empregos. Só fome, famílias endividadas, idosos que vivem na miséria. 

Ler sobre Portugal quando se está fora assusta. O que é que fizeram ao nosso país? Quando poderemos voltar em segurança? Ler sobre Portugal quando se está fora, dá-nos um nó na garganta e embrulha-nos o estômago.

“Os nossos governantes têm-se preparado para anunciar, contentíssimos, que a crise acabou, esquecendo-se de dizer tudo o que acabou com ela. A primeira coisa foi a cultura, que é o património de um país. A segunda foi a felicidade, que está ausente dos rostos de quem anda na rua todos os dias. A terceira foi a esperança."

João Tordo

14.2.14

"Não se ama alguém que não ouve a mesma canção"

Não adoro este dia de S. Valentim, mas adoro o amor. E ele pode estar em tantas coisas.
Hoje não quero coraçõezinhos ou chocolates, hoje quero saltar e gritar bem alto ao teu lado ao som destes senhores:

Porque o Rui Veloso canta uma metáfora daquilo que o amor deve ser: ouvir a mesma canção é viver a vida na mesma vibe.

Oh, oh, oh, oh, uuuuoh, ouh, ouh, oh, oh, ooooohohooooo.

13.2.14

Dá-se um jeito

“Gosto de palavras que só nós portugueses usamos e compreendemos, intraduzíveis. Uma das melhores é jeito, no sentido de dar um jeito, no campo específico duma distorsão corporal.
"Jeito" não quer dizer nada para quem não seja português. Mas nós, portugueses, sabemos exactamente o que é dar um jeito.” 

Miguel Esteves Cardoso


Eu diria que os brasileiros, tal como os portugueses, são os únicos que também nos compreendem nesta coisa de "dar um jeito". 

11.2.14

Estive só ali a carregar o coração

...em Portugal. Por isso estive tão caladinha. 

Desta vez não me desgracei em pastéis de nata (só comi um!), passei por Sintra e não comi queijadas, mas como sempre aproveitei para fazer os pedidos especiais à mãe: almôndegas, frango assado, salada de agrião da horta do meu pai e afins. 

Depois uma pessoa volta e como é que se vive sem esses mimos? Sem estes legumes verdadeiramente biológicos?

O que vale é que regresso para uma casa quentinha e sou recebida só com boas notícias: o Benfica acaba de ganhar ao Sporting num grande jogo e hoje mais uns amigos do coração confirmaram que nos vêm visitar daqui a uns meses.

"Always look on the bright side of life"!